8.6.08

Sex and the City


Acabei de chegar do cinema onde fui assistir com minha amiga Karina Gaya ao filme do nosso seriado favorito, de certo porque ele fala sobre amizade e todas as suas facetas. À propósito, amizade é algo que já queria comentar há alguns dias, pois me veio à mente que se fala tanto sobre amizades (eu mesmo já postei sobre as amizades coloridas), mas tão pouco discute-se sobre os amigos que "perdemos". Você já parou para pensar o que nos faz perder os amigos mais próximos? Não estou a escrever sobre perdas irreparáveis, morte, não. Não temos perdido nossos amigos que nos têm acompanhado uma boa parte da nossa caminhada da vida de fato, mas a essência deles. Por diversos motivos, tais como: casamento, maternidade, mudança de cidade, carreira, só para nomear alguns; eles já não são mais os mesmos. Nem nós mesmos somos mais os mesmos, afinal de contas. Bem, a vida se encarrega de nos colocar no caminho um do outro e, também, de nos levar a rumos completamente divergentes, e para isso os franceses têm algo a dizer:
"C'est la vie!"
Hoje sinto que meus amigos não estão mais comigo. Nos perdemos num determinado ponto que talvez não lembremos quando e, mesmo tendo olhado para trás e notado que o outro já não estava mais lá, também não voltamos para saber o que acontecera, porque esse é um caminho sem volta.
Mas a vida é cheia de truques e, volta e meia, nos reencontramos, com eles e conosco mesmos. Então, é nesse breve instante que parece que o desencontro não mudou nada e voltamos a pôr os assuntos em dia, até que aparece o cuco do relógio incessante do destino para nos lembrar que devemos voltar à realidade. A ficha cai e já estamos seguindo nossa trilha de tijolos amarelos. Mas será que vale a pena continuar andando com esperanças de novos reencontros? Até agora está valendo, mesmo ao notar que no fundo a essência que um dia nos uniu, realmente já passou para um outro nível, desconhecido para ambos, e por isso, algumas vezes, parecemos estranhos e nos estranhamos. Mas até quando esses caminhos continuarão se cruzando? E por quê?

"Ever thine
Ever mine
Ever ours"
('Immortal Beloved' by Ludwig van Beethoven)

2 comentários:

Unknown disse...

Bonita reflexão sobre os amigos que passam pela nossa vida... Parece mesmo tudo fruto dos inexoráveis tempo e destino, a maioria de nossas relações acabam se distanciando... Eu mesma já estou prevendo passar mais uma vez por isso no fim do ano, quando vou concluir a faculdade, os amigos queridos, do convívio de todo dia aos poucos serão "alguém para se lembrar" e já que é assim, que sejam lembranças carregadas de amor e saudade, pois a efemeridade de nossos encontros, amizades e relacionamentos me faz pensar que devemos, sempre que possível, deixar coisas boas com quem partilha momentos dessa vida com a gente.De repente, esses encontros acontecem mesmo por acaso, mas não custa nada tentar fazer com que eles realmente valham a pena.

Suzanny Lima disse...

As pessoas se deixam envolver mesmo pelo poder das suas palavras hein? Quando eu crescer quero expressar as minhas emoções na mesma proporção que você expressa as suas. Tenho certeza que as verdadeiras amizades essas perduram para sempre, apesar das diversas fases que atravessamos em nossas vidas. Tenha certeza que depois dessa viagem e de tudo que conversamos meu afeto e carinho por você só aumentou.
Você é inevitavelmente especial e eu adoro isso. Beijos especiais em você.
PS.: Não sei se é assim que se comenta alguma coisa em um blog, caso não seja me perdoe, fiz com muito amor e carinho.