28.6.05

Divisores de Águas

Quem é, ou quem são as pessoas que são divisores de águas na sua vida? Depois das nossas mães que dão início a tudo... Deixa eu pensar como seria dito:

"Minha vida se divide antes e depois do meu nascimento?"

Mas enfim... Ao pensar em outras pessoas, lembrei dos meus professores, porque aprendi muito com eles e me frustra realizar que não lembro dos nomes de todos. Será que desses dos quais não me recordo sequer da aparência as lições foram menos relevantes? Será que poderia dizer que a minha vida se divide antes e depois de tê-los conhecido? 
Penso agora nos amigos... Amigos vêm e vão, mas alguns nos marcam profundamente e, às vezes, tão rapidamente que chegamos a achar que a participação deles foi incompleta, que poderíamos ter aprendido ou ter ensinado mais com e para eles. O que me parece é que as pessoas estão nas nossas vidas, assim como estamos nas de outras, por um determinado tempo, o qual temos que passar a lição pra qual fomos delegados. Se conseguimos ou não, só o tempo dirá. Se seremos divisores de águas na vida deles, só a vida dirá. Poderia citar várias outras pessoas que podem configurar um divisor de águas, mas outro questionamento me veio à cabeça agora: Quantas divisões pode ter a nossa vida? Quantas vezes posso dizer que a minha vida se divide antes ou depois de conhecer um outro alguém? De que isso vai depender? Será que depende de você somente? Depende será de quantas lições você precisará aprender nessa vida? (Esse já dá um outra postagem) Será então que há pessoas que já nascem com a missão de serem divisoras de águas das vidas de outras? Se for o caso, quanto mais desses seres iluminados encontrarmos ao longo de nossa existência mais divisões teremos para marcar na nossa linha da vida?

13.6.05

Lembranças

Qual a sua lembrança mais antiga, seja ela boa ou ruim? E a mais recente? É interessante como lembramos de acontecimentos às vezes considerados banais ou irrelevantes pela maioria e, ao mesmo tempo, esquecemos de outros de bem maior importância, não é mesmo? Somos capazes de lembrar do primeiro beijo quando já esquecemos do mais recente. Incrível! No entanto, insistimos em dizer que não somos museu para vivermos de passado, será? Podemos até não viver do passado mas que ele tem grande influência no que somos hoje, isso ninguém tem dúvidas.
Sempre que lembro de minha viagem aos Estados Unidos, por exemplo, lembro de coisas tão simples que me marcam até hoje, tais como: o dia em que, sozinho na cidade de Nova Iorque - imagine só - peguei chuva no caminho de volta para o hotel, como se nunca houvesse visto chuva ou morasse no local mais árido do sertão nordestino; ou então de ter visto vários esquilos num parque da mesma cidade. Como diz minha avó: 
"Pode, Freud?"
OK, chega de ler as minhas lembranças sem explicação e vamos abrir o seu baú, mas não para vasculhar, tirar o que já está guardado lá, e começar a espirrar de tanto mofo e poeira criados ao longo de todos esses anos. Vamos ver o que está prestes a ser jogado lá dentro. Por isso responda, "O que você acha que da sua vida atual vai ser guardado no seu baú das memórias que só tem relevância quando você dá um contexto?" Será que um guardanapo escrito ou um cadarço vai estar na sua lista? Lembre-se que lembranças são, acima de tudo, lições de vida que estão armazenadas no nosso banco de dados pessoal, que vez ou outra falha - é verdade -, mas que nos ajuda a recordar bons e maus momentos, assim como nos deixa na mão e nos faz passar aquela vergonha e pagar um mico sem tamanho.

9.6.05

Seja Bem-Vindo(a)!

Bem, se você está a ler este primeiro depoimento é porque visitou meu perfil no orkut e, no mínimo, sentiu curiosidade em saber o que pode estar escrito nessas linhas. Meu objetivo com este blog é, primeiramente, poder compartilhar um pouco do que eu sou além do que consta naquele site. No entanto, espero que aqueles que lerem meus depoimentos possam dar conselhos ou fazer comentários inteligentes ou, pelo menos, convenientes. É como exercitar nossa mente para criar ideias que façam a diferença, nem que seja para usar estas mesmas quando encararmos as situações que serão vistas por aqui, certo? Então vamos para a primeira situação...

Ganhar na mega sena é difícil! Ser o melhor no que faz é difícil também! Mas qual deles é mais difícil do que encontrar a alma gêmea? Ou será mais difícil ainda reconhecer que tal pessoa é a bendita "tampa da panela"? Não estou a falar de relacionamento perfeito porque se o 'quase perfeito' já é difícil de encontrar, imagine esse aí. Tá certo que o que vem fácil, vai fácil, mas assim também já é um tipo de concurso público com direito a todo tipo de fraude. Um exemplo de fraude que pode acontecer nesse caso são os traumas passados. É o tipo de fraude que só se encontra, às vezes, quando já é tarde demais, quando já não há mais relacionamento. Então, o diálogo aparece como a melhor solução. No entanto, me pergunto, "Até quando estamos dispostos a ouvir e tentar ajudar o outro a superar um trauma amoroso do passado?" Poucos conseguem escutar o que o outro tem a dizer, o que muitas vezes magoa bastante quem está a escutar e a tentar prover ajuda. Será prova de amor aguentar tudo o que chega aos nossos ouvidos ou esse é o elemento masoquista do relacionamento a atuar em nossas vidas? Mas agora que já temos um problema, vamos pensar na solução, e aí é que vem a sua participação. Você é o tipo de pessoa que tenta ajudar apesar de tudo porque acha que a gratificação vale o sacrifício de se machucar por saber que alguém do passado da pessoa amada ainda mexe com seus sentimentos ou é do tipo que aperta logo o famigerado botão do f... e ainda dá o cartão de visita que indica o consultório daquele terapeuta que ajudou você a resolver os seus traumas inconvenientes? Espero que não tenha lhe dado uma tarefa tão difícil.